sexta-feira, 31 de julho de 2009

Once



"Once" começou com a maravilhosa canção "Falling Slowly' que me foi enviada por um amigo. Pela beleza da mesma, fui obrigada a concluir que o filme teria de ser, por excelência, igualmente grandioso. Dediquei-lhe tempo e, apesar de algumas características invulgares, acabei por me apaixonar.


Não esperem que "Once" seja um daqueles filmes previsíveis, com grandes caíres de queixo, lágrimas, revelações, frases-tipo ou coisas do género. "Once" tem a beleza das coisas simples. Tem a óptima escolha de duas personagens centrais perfeitamente realistas - Glen Hansard e Markéta Irglová - ele com a sua melancolia natural que lhe sugere um passado completo, ela com a mesma característica e, ainda, uma boa dose de optimismo, de simplicidade e de realismo. A própria filmagem do filme apela a uma espécie de "câmara indiscreta" que capta algo perfeitamente realizável. Como musical, o fundamento das letras das músicas e a sua beleza conquistam qualquer um que aprecie este género de música acompanhada à viola e ao piano e por duas vozes que combinam na perfeição.


Não esperem igualmente que seja um filme grandioso ou que, depois de o verem, vão mudar o "nickname" do vosso msn para uma das frases que lá ouviram. Eu, que o adorei, não descortinei nenhuma. "Once" irá resumir-se ao significado de cada tema musical.