quarta-feira, 8 de abril de 2009

Cinema Paraíso


Há qualquer coisa no cinema italiano e, gostaria de dizer, em Giuseppe Tornatore. Contudo, só assisti a esta obra do realizador: foi o suficiente. A banda sonora é de Ennio Morricone, igualmente inesquecível.

A nossa queridíssima professora de História levou-o para a aula, num desses dias distantes de há dois, três anos, e pô-lo a rodar. Alguém fica indiferente a este filme? As reacções foram-se sucedendo: rimos, sentimos o coração apertado, exultámos pelo sucesso do Salvatore, lamentámos a sua vida vazia, debruçámo-nos sobre a sua história de amor, e, sou obrigada a exclamar, como é belo este filme!

No pós-guerra, Salvatore é a criança adorável da capa do filme cujo pai faleceu na Rússia, em combate. A sua aldeola está marcada por gritos políticos contra e a favor fascistas e comunistas, cada um com a sua ferida de guerra. O Salvatore tem uma paixão: o cinema, e é por isso que segue Alfredo para todo o lado, um humilde velhote que põe os filmes a passar no Cinema Paradiso da cidade - a única alegria dos aldeões, que os une a todos em gargalhadas. Alfredo segue as ordens do padre e corta as cenas "menos próprias" dos filmes, conforme mandam os costumes da época.

Após um romance frustrado, Salvatore segue para a cidade onde, décadas depois, é um aclamado cinematógrafo. Esta cena que vos mostro é a cena final pois depois de muito lutar pelas cenas cortadas dos filmes, Alfredo promete que lhas guarda e, após a sua morte, passa-lhas por fim. A este daria ***** estrelas, não fosse o meu filme preferido de todos os tempos.

Um comentário:

  1. Maravilhoso, inesquecível, transcendente !

    sem mais adjetivos, por agora...Um dos grandes filmes de minha vida ( e olha que ja vi outros tantos nas minhas 53 primaveras, que perdi a conta..rs)

    Muito bom !

    abraços

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